Obrigada, a ti e à sorte.

Desta vez não foi a sorte a bater-me à porta, mas sim eu que corri até à porta da sorte. Corri até as pernas me doerem, investi em cada linha que saem de mim, em cada traço que tento e retento até serem traços percebidos por mim e por ti, por cada olhar que passa nas minhas frases e parágrafos. A sorte está de braço dado comigo, e tenho que admitir que grande parte da força angariada para este passo, devo-a a ti. A coragem, a força para tentar, para dar a conhecer e mostrar cada virgula que o teu amor e olhar disse que vestiam o jeito para a escrita. Posso dizer que foste o melhor que me podia ter acontecido, de tal modo que me deste o empurrão que eu precisava para dar a corrida e os passos largos necessários. Quero e espero que todos os olhos do mundo conheçam cada pedaço meu e ao mesmo tempo pedaço nosso, cada amor que de ti e de nós fez parte. Se ainda tenho sentimentos por ti... Não faças questões à qual tens a resposta em ti. E larga o se, pois os "ses" não levam ninguém para a frente. Soubesses tu a vontade que trago de arrancar de ti sorrisos e palavras, a vontade que tenho de lançar em ti o amor e a saudade que carrego no peito, soubesses tu o que ainda resta de ti em mim, e não fugias cada dia um pouco mais. Insisto no teu regresso, pois a vontade e o desejo assim o pedem. Insisto em dizer-te mesmo em silêncio, que te adoro, e que cada dia não te esqueço, mas sim te lembro mais, porque o amor no coração assim chora e quer. Digo-te tanto ou mais calada, do que algum dia te disse com os meus lábios numa maratona de palavras infinita. Tudo para te dizer, obrigada. Obrigada pelo amor, pela saudade, pelo desejo e pelo teu corpo. Obrigada pela força, pelo olhar e pelo sorriso. Obrigada por não me obrigares a nada, mas por me forçares a ser feliz. Por me dares força. E mais uma coisa, obrigada por me ensinares a gostar de alguém como tu, e a ser assim, todos os dias.
Lembra-te de mim.