Sem ninguém e com o mundo.
Sentada num banco de jardim, onde não está ninguém a não ser eu própria, sinto-me, mesmo assim, cheia de gente, cheia de pessoas que aos poucos me acariciam, me vão falando, me vão contando coisas da sua vida e pedindo segredo. Cheia de pessoas que ao fim ao cabo não passam de uma pessoa só, com gestos diferentes. E cada gesto ou cada palavra, traz-me de volta a ti. Esse teu ser que não me larga para onde quer que eu vá. E com ele vem cada segredo que me pediste para guardar, cada palavra de amor. Cada pedaço de ti guardado em mim.
Sentada num banco de jardim onde não está ninguém, e ao mesmo tempo cabem 100 pessoas, 100 seres iguais a ti.
Um banco onde estão 100 pedaços de ti em mim.
Comentários
Enviar um comentário